2006/11/30

Vamos lá a animar a Betty

A passear pela net à procura de imagens inspiradoras para um trabalho, dei com um site onde acabei por encontrar a ideia revolucionária acima: já que fazemos madeixas e pintamos o cabelo com as cores mais extraordinárias, por que relegar para segundo plano os nossos outros pêlos? É só ir a BettyBeauty, escolher a nuance e encomendar a cor preferida para animar a Bettyzinha.

2006/11/29

Constatação

As pessoas não mudam. Têm, ou não, a oportunidade de mostrar aquilo que são.

Divagação sobre a dúvida #2

— Porque os intervenientes são diferentes?, pergunta-me a minha amiga uxka.

Também, na medida em que ninguém se mantém igual de um dia para o outro. Cada pessoa que passa pela nossa vida muda o seu sentido, e ao reencontrarmo-nos, se nos perdemos entretanto, nunca a conseguiremos ver da mesma forma.

No entanto, se um dos intervenientes for novo numa história de contornos repetidos, há ainda uma ínfima possibilidade de se conservar a espontaneidade, que inverte então a a tendência que temos para ter cuidado com as palavras, os gestos, as atitudes. E há uma hipótese de se (re)viver o momento, desta vez sabendo por onde não ir.

Mas o verdadeiramente importante é saber separar as coisas: até que ponto podemos (e devemos) ser impulsivos, e quando é que devemos ter cuidado com as atitudes que tomamos. E é esse equilíbrio que eu ainda não descobri. Até lá, vou agindo por impulso, como sempre, embora cada vez com mais cuidado e demora.


2006/11/28

Dúvida #2

Se a história se repete, por que é que nunca nada é igual ao que já foi?

2006/11/23

Falso pudor

Fonha-se! Cosa-se! Foza-se! Fónix! Se há coisinha que eu ainda não percebi é por que raio de motivo as pessoas não conseguem dizer o que estão a pensar e se comportam insistentemente como disléxicos, fanhosos, afásicos e afins.


Nota: Não é a utilização de calão que me aflige, eu própria o uso sempre que tal se justifica; o que me complica com o sistema é o disfarce que as pessoas utilizam. Por que dizer o que estamos a pensar de forma disfarçada se o que queremos dizer é mesmo aquilo? Quanto aos nortenhos, estou mais que habituada, e quando regresso é uma verdadeira desgraça.

2006/11/18

Uma insustentável leveza

Ele há pessoas que têm um espírito tão levezinho que andam sempre com duas pedras na mão. Deve ser para não voarem.

2006/11/16

Constatação

Quando se está de pé atrás, não há relação que não tropece.

2006/11/15

Dúvida #1

Por que será que, mesmo sem me ter perdido, ainda não encontrei forma de me achar?

Devaneio #2

Por que será que as mulheres perdidas são as mais procuradas?

2006/11/14

Devaneio #1

Alguém já reparou que os responsáveis pela colocação das bulas* dentro das caixas de medicamentos o fazem sempre do lado que abrimos as caixas, especialmente naquelas em que é indiferente abrir de um lado ou de outro? Quanto a mim, deviam obrigá-los a colocá-las sempre do lado oposto.

*Para quem não sabe, a bula é aquele papelinho que vem junto com o medicamento e que explica qual é o mal que trata e o mal que faz ao fazê-lo.

2006/11/13

De ízi uei áute

Pois é, chegou-se aqui. Na quinta-feira uma copy em princípio de carreira virou-se para mim e disse: “Como já sei que é revisto, nem me preocupo muito com o que escrevo”.
Realmente, sabe mesmo bem poder deixar para os outros a responsabilidade do que fazemos. É a saída mais fácil. Ou, como eu gosto de dizer em estrangeiro, de ízi uei áute.

Procura-se

Sacana, dormiu comigo de sexta para sábado, acordou ao meu lado na cama e foi só eu virar costas para ir preparar o pequeno almoço para desaparecer, sem dizer nada.
Seus malandros, não é nada do que estão a pensar. Ainda por cima, se fosse um homem, eu teria passado uma óptima noite e teria um rosto, um corpo, um cheiro. Mas não, foi um desgraçado dum post que me andou a rondar os sonhos para se esvair ao primeiro sinal do dia. E nem com os bons conselhos de duas noites seguidas se resolveu a voltar. Terá ido comprar tabaco? Espero que volte, pois até tinha graça.

2006/11/05

Classificação

Há, essencialmente, dois tipos de pessoas: as que dizem o que pensam e as que pensam o que lhes dizem.

2006/11/03

Faux pas

Há duas maneiras de corrigir um faux pas: dar outro igualmente em falso, para equilibrar, ou voltar atrás para tentar corrigi-lo. Ambas são formas de resolver, melhor ou pior, os nossos deslizes.
Há quem opte pela primeira solução, e essa funciona como a tal segunda estalada que se dá para que a vítima não fique só com uma face a arder, supostamente facilitando, desse modo, o esquecimento da primeira; a segunda opção, se tomada e efectuada com savoir faire, é bastante menos dolorosa, se bem que deixa igualmente as suas marcas, mais difíceis de se desvanecer no tempo.
Quanto a mim, no meio de tanta porrada que tenho levado ultimamente, da qual não me posso queixar sob pena de ser acusada de me fazer de vítima, é-me igual. Ou então, não. Prefiro sobremaneira o método da segunda estalada: a mensagem fica entendida e o caso está arrumado. De uma vez por todas.