2006/07/26

Decisões

"If you always make the right decision, the safe decision, the one most people make, you will be the same as everyone else.

Always wishing life was different."
Paul Arden, Whatever you think, think the opposite.

Ter sempre pensado demasiado é, provavelmente, o principal motivo do meu descontentamento. A partir de agora, quando me defrontar com dois caminhos, vou tentar optar pelo menos seguro. Deve ser isso que é pensar com o coração. E acho que estou a fazê-lo já, neste momento.

"Se tomares sempre a decisão acerta, a decisão segura, aquela que a maioria toma, serás o mesmo que qualquer outra pessoa.
Sempre a desejar que a vida fosse diferente."

2006/07/24

Outside

Eu andava a sentir que as paredes que tenho vindo a construir à minha volta estavam mais finas, quase transparentes. E, apesar de estar a adorar a sensação, não conseguia deixar de temer a fragilidade inerente. Talvez tenha sido por isso que acabei por as deixar estilhaçar. E, já que deixaram de existir, não serão reconstruídas.

A lição está aprendida. Já não há portas nem janelas. Estou cá fora, e nunca mais me fecharei a quem gosta de mim.

Já agora, aproveito para agradecer a quem me critica não me esvair em lágrimas ao assistir a um qualquer filme o facto de não compreenderem por que é que choro quando se me acaba um sonho. E lamento que sofram de impossibilidade física de abraçar alguém que chora, porque eu não me importaria de partilhar o extraordinário perfume do meu Chanel.

2006/07/21

Quebrei

If blood will flow when flesh and steel are one
Drying in the colour of the evening sun
Tomorrows rain will wash the stains away
But something in our minds will always stay
Perhaps this final act was meant
To clinch a lifetimes argument
That nothing comes from violence and nothing ever could
For all those born beneath an angry star
Lest we forget how fragile we are

On and on the rain will fall
Like tears from a star like tears from a star
On and on the rain will say
How fragile we are how fragile we are

On and on the rain will fall
Like tears from a star like tears from a star
On and on the rain will say
How fragile we are how fragile we are
How fragile we are how fragile we are

2006/07/14

(con)Fusão

Estou cá. Mas, ao mesmo tempo, não estou. Estou lá. Tenho passado estes dias numa agitação completa de cá para lá sem sair do mesmo sítio. Isto cansa, porra! O corpinho está aqui, levanta-se, toma duche, veste-se, sai de casa, vai trabalhar, volta para casa, come e depois segue-se o único momento do dia em que a cabeça o acompanha. Porque, de resto, está sempre lá. Agarradinha ao coração. Acho que, finalmente, se fundiram e estão os dois em uníssono.

2006/07/10

Estamos vingados!

Não sei onde li esta frase, mas no meio de tudo a França esqueceu-se disto:

"Todos os Napoleões têm o seu Waterloo."
Acabou-se. Mais tarde, mas acabou-se. Viva a Itália (onde os homens são, sem dúvida, muito mais interessantes).

2006/07/04

Portugal e a Selecção

O país anda louco. Acaba-se uma partida de Futebol com a vitória da Selecção e sai tudo para a rua a festejar ruidosamente, enchendo carros de tal forma que, em qualquer outra situação, seria considerada de perigo extremo e multada adequadamente. Trepa-se a estátuas e sofre-se quedas perigosas, que noutros casos seriam consideradas culpa do Governo por não vigiar adequadamente os locais.

Mais: assiste-se aos jogos de camisola vestida, bandeira empunhada, cachecol de fibra a fazer transpirar o pescoço e as mãos, vestindo momentaneamente o orgulho nacional de que nos esquecemos no dia a dia. Aquele briozinho que, aproveitado, poderia possivelmente fazer este país avançar: fazer bem feito, lutar, com esforço e algum espírito de sacrifício. Com vontade de mostrar, como a Selecção, que somos bons, que conseguimos.

Mas não. Acaba o Campeonato e, passado pouco tempo, arruma-se a bandeira, enfia-se a camisola na gaveta até ao próximo e voltamos ao mesmo sentimento de inferioridade e saudosimo que sempre nos caracterizou. Que, acompanhado pelo facilitismo e espírito de desenrascanço, irá manter o país onde sempre tem estado desde há alguns anos para cá: atrás dos outros todos. A não ser no Futebol. Neste, não há lugar a desenrascanço – qualquer falha, qualquer erro, pode trazer consigo a derrota. Qualquer desvio das regras por parte de um jogador, implica um possível desempenho mais fraco, e consequente fracasso.

Quando a Selecção joga, grita-se por Portugal quando se deveria gritar por um grupo de jogadores que, esforçadamente e com espírito de sacrifício, se dedicam à causa de representar o seu país. Com orgulho. Jogadores que, na sua maioria, representam, fora dos campeonatos, clubes estrangeiros. Porque sabem cumprir regras, porque têm que corresponder com resultados ao dinheiro que ganham. Que começaram por jogar em pequenos clubes e conseguiram, por mérito, chegar à equipa suprema de um país.

Quando se assiste a um jogo do Campeonato do Mundo, ou da Europa, não é Portugal que joga, desengane-se quem ainda o pensar; é a Selecção. São os melhores dos melhores.

Pena que isto se consiga, com algumas excepções, só no Futebol. E pena também que mais portugueses, em todas as áreas, não lhes sigam o exemplo.

Temos tudo para ganhar. Tanto na Selecção, como em Portugal. Só falta fazer um esforço.

Somos o que pensamos

Um tomate é um tomate é um tomate. Sopa de tomate, salada de tomate, sumo de tomate são, e serão sempre aquilo que são e nada mais: alimentos preparados com tomate. Fruta é fruta, ovos são ovos, e todas as palavras que usamos com um segundo sentido serão, sempre, aquilo que são. Ou o que quisermos que sejam.

Num post abaixo, uma frase de Oscar Wilde resume, em si, o que quero dizer (e também um pouco o motivo dos posts que precedem este):

“É também no cérebro, e apenas neste, que ocorrem os grandes pecados do mundo.”

Elisa, voltei.