2006/09/29

Lost, not found (yet)

Não sei o que se passa, não sei para onde foi, garanto que já procurei mas não há forma de a encontrar. Perdi a inspiração.
Não sei se é do choque do regresso de férias (já lá vai quase um mês), ou de me confrontar diariamente com coisas tão estúpidas (e não é de me faltar a palavra, são realmente estúpidas, como em estupidez gratuita) que só me apetece desancar quem as faz, citar nomes, humilhar, espezinhar e, na impossibilidade de o fazer, fugir, que não tenho conseguido escrever. Pelo menos, nada de jeito. E, para isso, não vale a pena.
Mas lamento, lamento mesmo. Gosto deste espaço, gosto de me dizer, gosto de dizer o que por aqui vai. Mas neste momento, não estou a conseguir. Talvez amanhã.
Até já, mais uma vez.

2006/09/20

O amor possível

A blahblahblah desafiou-me a participar num desafio de um blogue vizinho. Claro que não resisti. Assim, depois de alguns dias entrecortados por muito trabalho, o resultado foi este. Consiga ou não o objectivo, foi bom reflectir sobre o amor e os seus cambiantes. E, sinceramente, acredito que não pode mesmo ser definido. É o que é, e é o que somos.

Aqui fica:
Não é fácil dizer o amor. Aliás, é praticamente impossível dizer algo que não se diz, mas apenas se vive, sente, mostra. É impossível fechá-lo numa caixa de sentido quando ele tem tantos quantos seres há no mundo. Não se pode dizer onde está porque ele não tem um lugar só. Não lhe podemos dar forma porque não o podemos moldar a gosto. Apenas vivê-lo e aceitá-lo.
O amor vê-se nos gestos, no brilho do olhar, no esplendor da pele. Ouve-se nos risos, nos suspiros, na voz embargada de emoção. Revela-se na ternura dos movimentos, na carícia do olhar, na suavidade dos gestos.
Aligeira os dias mas pesa na espera. Faz-nos voar mas facilmente nos deixa cair. Alumia, mas cega. Tranquiliza e enlouquece. Recria e destrói. É simultaneamente alívio e dor. Alegria e angústia. Companhia e solidão. É leveza e quase insuportável de tão pesado. É riso e dor, luz e escuridão. É querer tudo e não querer mais nada.
O amor é tanto que não se pode dizer. ®

2006/09/15

Estádo de xoque

Estôu xocada. Hoje, no espasso de menos de 2 minutos, a mesma peçoa que me quirticou (e quirtica constatemente) por não ter reparádo que ela tinha escrito "equilíbrio" sem assento, preguntou-me se a palávra "ferro" tinha algum. Deve ser pur iço que não conssigo melhór que isto. As mínhas descúpas.

(continúo a axar q deviam encinar portuges em bélas àrtes)

2006/09/11

O mundo sem blur

E, subitamente, a lua deixou de ter um permanente halo enevoado à volta. Aliás, o mundo inteiro mudou de um local de contornos visíveis, mas indefinidos, para um sítio em que tudo está perfeitamente delineado contra o fundo em que se insere. A minha recente miopia, para além de me obrigar a usar óculos, deu-me o prazer de ver o mundo com outros olhos. Absolutamente sem blur.

2006/09/05

Regresso

"On ne dit jamais rien parce qu'on parle tout le temps."*
Eric-Emmanuel Schmitt

Às vezes, o silêncio é mesmo melhor. Mas já estava com saudades, tanto da maçã, como de escrever. Estou de volta.

*"Nunca dizemos nada porque estamos sempre a falar."