2006/05/10

Hey!

Olha! Pssst! Amiguinho! Tou aqui! Não me vês? Tens o msn ligado e nem um olá? Eu sei que pela net não dá muito jeito, tendo em conta como as coisas se passaram... Sim, nunca fomos de grandes cumprimentos, a ânsia era grande, o desejo maior, e só depois de matarmos a fome um do outro nos cumprimentávamos. — Olá, estás boa? E eu respondia-te que sim, que não podia estar melhor. Tinha-te aqui, comigo, em mim, até ao momento em que comentei que o teu corpo estava diferente. Alguém o tinha mudado e, apesar de eu o saber, não o devia ter dito (é o costume, me and my big mouth). Devia ter deixado passar, talvez assim não te apercebesses de que percebi o erro que estavas a cometer. O arrependimento é uma coisa tramada, não é? A vergonha também. Não te pensei assim, mas também quem sou eu para adivinhar os outros? Mas adivinho sim, nesta situação eu sei o que se passa. Traiste triplamente. A mim, a quem te mudou e aos teus valores e princípios. Agora, não cabes em ti de vergonha. Mas sabes? Um pedido de desculpas ajudava-te a ultrapassar isso. Podias ao menos apagar-me da tua vida. Já estou habituada. Por mim, não o farei. Nunca o faço. Não deito fora quem passou por mim.

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