2006/05/09

Até já

Há alturas em que é melhor ficarmos calados, sob risco de nos revelarmos todos a quem queremos e, sobretudo, a quem não queremos. Nada tenho para dizer que não seja sobre mim, sobre os meus problemas, os dos outros, chatices para cá e para lá.

Para além de estar a atravessar uma fase completamente lamechas, sinto-me completamente aquém de muitas pessoas que leio por aqui. Não passo disto e, como quero ser melhor (leia-se melhor que eu mesma, não melhor que os outros), vou calar-me por uns tempos. Que até podem não ser longos, mas vou calar-me. Ou melhor, sossegar estes dedos que eu gostava que fossem capazes de escrever por mim, sem terem que obedecer às ordens de uma qualquer entidade mental que, presentemente, está ausente em terras de desilusões e desencanto e não é capaz de mais.

Deram-me um rebuçado e tiraram-mo. Às vezes, o melhor mesmo é não provarmos, ficarmos na ignorância, porque depois custa mais suportar a falta.

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