2008/07/10

Bliss

Porto de Mós, Junho de 2008

Houve dias em que descia com a desculpa do vício apenas porque era enorme o que sentia e apetecia-me cantá-lo a tudo e todos.
E sabia que, mesmo que o fizesse não chegaria, pois era tão forte que sufocava.
E tão fraco, todavia, que foi quebrado, num momento só, sem que o perdesse todo.
E agora desço, com a mesma desculpa, mas para ouvir os pássaros, aqueles que nos anunciavam, de madrugada já, que eram horas de nos separarmos e fazer do dia noite.
E volto a sentir, por vezes, sem que o encoraje, esse nó que cresce sem controlo, essa plenitude imensa que me eleva acima dos mortais e me protege de quem não entende como é possível amar assim.
Um sonho, apenas um sonho.
Tu. My bliss.

*Bliss – felicidade suprema; êxtase.

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