2006/04/05

Time to start anew

Menti. Afinal, o tal post não volta para aqui hoje. Nem sei se volta, pois não o encontro em lado nenhum. Se calhar, como digo às vezes, não o encontro porque não tem que ser, porque o seu destino era perder-se. Afinal, fala de um estado de espírito que já passou, que já não tem razão de ser e que não sei se voltará a repetir-se. Um “estado de patetice” típico de quem está apaixonado, de quem não quer fazer nada porque só lhe apetece pensar no que quer fazer com alguém.

Que feliz que eu fui nessa altura, que bom que era saber que alguém me queria. Que trambolhão, depois, ainda ando a recuperar dos arranhões na pele e das dores no coração. Mas, garanto, são daqueles que não deixam cicatrizes, antes uma sensação de ardor quando muda o tempo, não para o frio, mas para o calor. Verão bom, o do ano passado, em que sonhei, sonhei, sonhei e até acreditei que era verdade.

A partir de agora, não vou conseguir olhar para o mar sem me lembrar de uma certa onda, não posso ouvir algumas músicas sem pensar no teu nome e não posso ir de Lisboa ao Porto sem me lembrar de que um dia fiz um desvio a meio da viagem para conhecer a tua terra. São os tais borrões que ficam, deixados pelas palavras ditas.

Confio no poder do tempo e na falibilidade da memória para os disfarçarem, e confio também que um dia, alguém infinitamente melhor que tu me tornará cega a estas marcas. É tempo de começar de novo, e não vou esperar um dia, muito menos 21.

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