Para a próxima, trago palas.
O que é que vocês faziam se, ao viajar de avião, apanhassem com os seguintes companheiros de viagem:
à minha direita, do lado onde a vista era melhor, o casal gay mais liberal e apaixonado do mundo;
à minha esquerda, o casal straight espanhol mais antipático do mundo;
à frente, as costas da cadeira da frente, como é óbvio?
Podiam tentar ler, como eu tentei, mas a vista lá fora até que era tentadora.
Podiam tentar dormir, mas entre descolar, comer um snack e aterrar, sobraram 20 minutos de viagem.
Podiam ir 10 vezes seguidas à casa de banho, para variar de cenário, mas o corredor estava interrompido pelos carrinhos da comida e as casas de banho sempre ocupadas.
Podiam simular um ataque de claustrofobia, só passível de ser minimizado com um lugar de janela.
Para a próxima, trago umas palas de reserva, ou tomo dois Xanax. Vista por vista, antes olhar para dentro, e sempre saio do avião ao colo.
Já agora, aproveito para dizer que toda esta experiência passou para segundo, ou terceiro, ou mesmo último plano ao reencontrar os meus amigos aqui. E uma vista infinitamente melhor.
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