2008/09/04

Setembro

Agora, quando desço a rua que me leva à calçada que depois me trará para casa, pelo melhor e mais relaxante percurso alternativo de Lisboa, a menor altura do sol no céu já faz com que este me encandeie ao mirar-se vaidoso no espelho retrovisor, quando há um mês atrás ainda passaria por cima do tejadilho e se reflectiria apenas nos telhados ou nos andares mais altos das casas logo em frente. A cor do rio por trás do meu monitor também já está diferente, mesmo durante o dia, com um azul mais escuro e profundo, que reflecte um céu menos quente. A chilreada na rua é menor, até porque já passaram os exageros do verão, e eu fico um bocadinho mais animada, porque este tempo menos exultante está mais em consonância com o que sinto neste momento. Saudade, tristeza e vazio. Mas o meu Setembro chegou, finalmente.

1 comentário:

Elora disse...

Os nossos Setembros, que isto de partilhar os meses frios custa menos.