2008/07/28

Flowing

Ontem aprendi que o amor é como um rio. Temos que o deixar fluir, compreender que nós somos pedras que rolam no seu curso, seja este calmo ou tortuoso, e que, com o passar do tempo, vamos ficando redondas, sem arestas, e cada vez mais parecidas. E, no entanto, como descobrir, no meio das pedras todas, aquela que fará connosco a travessia até ao mar? E, se a descobrimos, e ela fica pelo caminho ou, ainda, decide mudar de rumo? E eu, seixo que me moldei a outro seixo, num curto percurso apressado, que faço eu sozinha e desgastada? Como me poderei moldar a outro se já nada tenho para limar?

Foto daqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tens para limar, tens. Ficarás cada vez mais pequenina, não mais a grande pedra cheia de certezas e bocados espetados, mas cada vez mais maneirinha, à medida para outro que, se calhar, teve a mesma experiência que tu e também ele se encontra mais maneirinho.
Acontece.
Beijinhos.

Nina Simone disse...

Nada dura para sempre, nem o bom nem o mau...

... mas como eu gosto de referir quando o Universo fecha uma porta da próxima vez abre um portão...

...toma atenção para quando o teu portão se abrir... e enquanto não se abre vai espreitando pelas janelas.. :-)

Felicidades.