2007/05/29

Obrigada

Chateiam-me os blogues que não têm disponível nenhum e-mail de contacto, conveniente anónimo. É que eu queria (e desde há muito tempo que quero) de elogiar o T.G. do Diário e não consigo (sem ter que o fazer aqui, tão declaradamente, porque soa-me sempre a graxa). Era mesmo só para o elogio, sem pretensões de retribuição, nem a nível de agradecimento, nem de reconhecimento das parcas qualidades do meu semi-abandonado blogue. Era só mesmo para reconhecer que me parto a rir com o humor descabido, chauvinista, machista, infinitamente negro da criatura. E, também, para lhe contar que, para me fazer rir mais que ele, só o comentário de uma barbie que eu conheço, génio possuidor do grau de inteligência concedida a tal tipo de boneca (a qual não lhe permite ir além do significado imediato de uma palavra) quando li em voz alta algumas frases do seu último post: “Chego de um casamento. Com mais dois quilos de adiposidade e uma depressão que, para ser sanada, obrigará a outros tantos em cima. É que isto de ver gente nova, casada, fértil, próspera, feliz e com vida sexual obriga-me a pôr a minha vida em perspectiva. E não há nada mais deprimente do que me ver em perspectiva. Até porque a minha perspectiva é esta: a minha vida é uma merda. Sou infeliz e sem vida sexual (pleonasmo).” O mesmo foi: — E achas graça a isso? Eu não gostava nada de ouvir a minha filha dizer, aos vinte e tal anos, que tem uma vida sexual infeliz. Pessoas como essa só trazem o mal ao de cima.”
A mim, não.

São oito e meia da manhã e começo a chegar à conclusão de que deve haver aqui coisas que não fazem sentido. Mas que se lixe. O T.G. não passa a ser ainda mais misógino (que deve ser o verdadeiro problema dele) só por causa disto. E eu também já estou habituada à crítica. Mesmo a destrutiva.

Sem comentários: