2006/07/24

Outside

Eu andava a sentir que as paredes que tenho vindo a construir à minha volta estavam mais finas, quase transparentes. E, apesar de estar a adorar a sensação, não conseguia deixar de temer a fragilidade inerente. Talvez tenha sido por isso que acabei por as deixar estilhaçar. E, já que deixaram de existir, não serão reconstruídas.

A lição está aprendida. Já não há portas nem janelas. Estou cá fora, e nunca mais me fecharei a quem gosta de mim.

Já agora, aproveito para agradecer a quem me critica não me esvair em lágrimas ao assistir a um qualquer filme o facto de não compreenderem por que é que choro quando se me acaba um sonho. E lamento que sofram de impossibilidade física de abraçar alguém que chora, porque eu não me importaria de partilhar o extraordinário perfume do meu Chanel.

2 comentários:

Anónimo disse...

Fazes bem eu não voltar a fechar-te para as pessoas que gostam de ti.
Gostei do blog (: *

Uxka disse...

O toque, minha querida, anda cada vez mais apartado de nós, andamos a esquecer como é bom e fundamental tocar. Um abraço apertado até ficares sem respiração.