Vamos ver no que isto dá
Caso tenham reparado, lá “postei” eu, há dias, um daqueles testes que por aí andam em barda. Queria deixar aqui qualquer coisa, para provar que ainda por cá ando, e lá ficou aquilo. Depois, de cada vez que abria a página e olhava para ele, dava-me arrepios. Que coisa tão feia, quem se lembraria de uma tal imagem para ilustrar uma inteligência linguística? Foi por isso que o retirei, já não suportava olhar para aquilo (para além de que podem achar que sou uma tonta por acreditar naquilo, ou uma maria-vai-com-as-outras que, definitivamente, não sou).
É verdade, preocupo-me demasiado com o que os outros pensam de mim. E, como todos, gosto de elogios. Este teste, por exemplo, só veio confirmar as palavras de alguém de quem bebia as palavras e quem muito admirava, embora passasse a vida a considerar-se um chato. “És uma arquitecta das palavras”, disse-me ele numa das nossas últimas conversas. E, vindo de alguém que conhece autores que eu nunca li e queria ter lido já, foi o melhor elogio que recebi até hoje.
Depois, há a minha uxka, que me exige que escreva, pois adora ler-me. E também a Bé, que descobriu finalmente como se entra num blog, embora não saiba comentar, e que tem perdido algum do seu precioso tempo a ler-me. E um amigo de um amigo, que eu não imaginava sequer que se interessasse por isto, que se chateia comigo quando eu apago posts dos quais me arrependo por serem muito pessoais (eu prometo que volto a postá-lo numa ocasião propícia, ou quando o encontrar). E a Hipatia, o Gaivina, a Jacky, e todos os outros bloguistas que por aqui passam, parecem gostar de me ler também.
Tudo isto porque me ando a sentir mal por não escrever, por não ter nada de novo para dizer. Para começar, o trabalho leva-me grande parte das ideias diariamente. Eu bem anoto temas, ideias, frases iniciais, títulos, que depois ficam perdidos em ficheiros guardados nem sei bem onde, nem com que nome. Mas chego a casa e só me apetece não pensar. E escrever só por escrever, contar o que se passou no dia que acabou só para dizer alguma coisa, dizer umas piadas só por dizer, não é o meu estilo. Gosto de pensar, de fazer pensar, de provocar agitação, e não tenho ficado satisfeita com o que escrevo.
No entanto, há esperança. Alguém entrou na minha vida que me está a deixar com vontade de retomar a escrita. Estou a beber as palavras dele e a sentir o que ele sente. Não pretendo, de forma alguma, estar à altura de tal personalidade, com uma obra magnífica, mas que lê-lo está a puxar por mim, é uma verdade.
Vamos ver no que isto dá e, entretanto, sejam sempre bem-vindos.
2 comentários:
Exactamente... e quando andas longe no deserto ou lá onde tu andas durante dias a fio, eu já sei que depois vem aí uma carga de inspiração com a força de borrasca. Gosto. Beijos grandes.
Tens todo o tempo do mundo.
:)
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